O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão de sexta-feira (12) em alta firme de 0,99%, retomando o patamar dos 160 mil pontos (160.766,O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão de sexta-feira (12) em alta firme de 0,99%, retomando o patamar dos 160 mil pontos (160.766,

Morning Call: Semana é marcada por informações sobre juros no Brasil e nos EUA

2025/12/15 20:18

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão de sexta-feira (12) em alta firme de 0,99%, retomando o patamar dos 160 mil pontos (160.766,37) e reforçando o movimento positivo do mercado doméstico.

O avanço foi impulsionado pela decisão dos Estados Unidos (EUA) de suspender as restrições impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e à sua esposa no âmbito da Lei Magnitsky, o que reduziu a percepção de risco institucional e favoreceu a tomada de risco na Bolsa brasileira.

Com o resultado, o principal índice da B3 segue a caminho do maior ganho anual desde 2016 e acumula valorização de 33,66% neste ano.

Após a decisão dos EUA, as ações do setor bancário estiveram entre os principais vetores de alta. Os papéis do Bradesco avançaram 1,20% (ON) e 0,65% (PN), acompanhando o desempenho positivo do setor financeiro.

Entre os pesos-pesados do índice, a Petrobras também contribuiu para o desempenho do dia, com as ações subindo 1,22% (ON) e 1,06% (PN). Já a Vale reduziu perdas ao longo do pregão e encerrou próxima da estabilidade, com leve recuo de 0,06%.

No ranking das maiores altas do dia, Hapvida liderou os ganhos, com avanço de 5,45%, seguida por Assaí, que subiu 4,19%. Na ponta negativa, a Cosan registrou queda de 2,18% e liderou as perdas do pregão.

No fim do dia, o dólar fechou em leve alta de 0,12% ante o real, cotado a R$ 5,41, em meio à antecipação das discussões sobre a corrida eleitoral de 2026.

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No cenário internacional, a semana é marcada por indicadores relevantes e decisões de política monetária. Nos Estados Unidos, será divulgado nesta terça-feira (16) o primeiro relatório de emprego (payroll) após o shutdown, reunindo os dados de outubro e novembro, o que pode confirmar ou alterar as expectativas do mercado sobre uma pausa no ciclo de cortes de juros.

Outro dado central é o CPI de novembro. Além disso, diversos bancos centrais realizam reuniões, com destaque para o Banco do Japão (BoJ), o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE).

Na América Latina, o destaque são as eleições presidenciais no Chile. José Antonio Kast confirmou o favoritismo e foi eleito presidente com 58,2% dos votos. A vitória assegura maioria no Congresso e sinaliza uma agenda voltada à ordem pública e ao livre mercado, marcando o fim do ciclo de governos de esquerda no país.

No Brasil, a agenda econômica concentra atenções na ata do Copom, no IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, com projeção de estabilidade após a retração do terceiro trimestre. O mercado também segue de olho no Relatório de Política Monetária, com as apostas sobre o início dos cortes da Selic divididas entre janeiro e março.

No front político, a última semana do ano legislativo começa sob tensão, com a deflagração de uma greve por tempo indeterminado na Petrobras. A Federação Única dos Petroleiros rejeitou a proposta salarial da estatal, que previa reajuste real de 0,5%, e pressiona a diretoria por ganhos maiores, elevando o risco de impactos no abastecimento de combustíveis caso o movimento avance.

No Congresso, cresce o risco de o governo iniciar 2026 sem Orçamento aprovado. Deputados e senadores têm apenas cinco dias para destravar a pauta antes do recesso, mas impasses envolvendo a liberação de emendas ameaçam adiar a votação. Sem o Orçamento, o Executivo ficaria limitado a executar apenas 1/12 das despesas previstas em janeiro, o que pode paralisar programas e a máquina pública logo no início do ano eleitoral.

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Manchetes desta manhã

  • Após vendaval em SP, comércio projeta crescimento mais modesto no Natal (Valor)
  • Governo Lula cria 4,1 mil cargos de confiança e País bate recorde (Estadão)
  • Kast vence Presidência do Chile, e país volta à direita em uma versão trumpista (Folha)
  • Governo prepara novo Desenrola voltado para micro e pequenas empresas (O Globo)
  • Juros altos drenam recursos e reposicionam o mercado de fundos em 2025 (Valor)

Mercado global

As Bolsas da Europa operam em alta nesta segunda-feira, com a semana marcada por uma agenda carregada de indicadores econômicos e decisões de política monetária.

O destaque fica para a reunião do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (18), quando o mercado espera a manutenção da taxa de juros em 2% ao ano. Também na quinta, o Banco da Inglaterra (BoE) divulga sua decisão sobre os juros.

Na Ásia, os mercados iniciaram a semana em queda após dados da produção industrial e vendas no varejo da China piores do que o esperado. As vendas no varejo desaceleraram em novembro, com alta de 1,3% na comparação anual, abaixo da expectativa de 3% e no pior desempenho desde 2022.

Por outro lado, a produção industrial avançou 4,8% em relação a novembro do ano passado, sustentada pela demanda externa e pelo desempenho de segmentos ligados à manufatura avançada.

Destaque ainda para movimentos no setor imobiliário: preços e vendas de imóveis continuam em queda, enquanto o investimento imobiliário acumulou retração de 15,9% nos 11 primeiros meses do ano. A incorporadora Vanke viu as sua ações caírem após não conseguir aval para uma proposta de extensão para pagamento de seus títulos.

No Japão, onde o BoJ deverá mexer na taxa de juros básicos neste semana, o Nikkei recuou 1,23%, enquanto o índice de Xangai recuou 0,55% e o Shenzhen caiu 0,80%.

Em Hong Kong, o Hang Seng teve perda mais acentuada, de 1,34%, refletindo um pregão amplamente negativo na região. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1,84% e em Taiwan, o Taiex encerrou em baixa de 1,17%.

Em Nova York, os índices futuros abriram esta segunda-feira em alta, após uma intensa venda nas ações de Wall Street na última sexta-feira.

O movimento de desvalorização foi impulsionado por temores em relação aos resultados das empresas de tecnologia e ao crescente volume de investimentos em inteligência artificial (IA).

Confira os principais índices do mercado:

• S&P 500 Futuro +0,5%
• FTSE 100 +0,8%
• CAC 40 +0,9%
• Nikkei 225 -1,3%
• Hang Seng -1,3%
• Shanghai SE Comp. -0,6%
• MSCI World +0,1%
• MSCI EM -1,1%
• Bitcoin +1,7% a US$ 89964,88

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Commodities

  • Petróleo: opera em leve queda, com o mercado atento às negociações em torno de um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, que incluem um novo encontro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com líderes europeus em Berlim. As tensões entre Estados Unidos e Venezuela também seguem no radar.

    Além do cenário geopolítico, preocupações com um possível excesso de oferta continuam pressionando a commodity, mantendo os contratos de referência nos menores níveis desde o fim de outubro.

    O Brent/fev recua 0,20%, cotado a US$ 61,00, enquanto o WTI/jan cede 0,23%, a US$ 57,31
  • Minério de ferro: fechou em queda de 0,92% em Dalian, na China, cotado a US$ 106,85/ton.

    Em Singapura, os contratos futuros caem 1%, cotados a US$ 101,45/ton e o mercado à vista recua 0,48%, cotado a US$ 105,70/ton.

Cenário internacional tem semana lotada de indicadores econômicos

Nos EUA, o destaque da semana é a divulgação do relatório de empregos (payroll), que será divulgado na terça-feira (16) e pode influenciar as expectativas para a política monetária americana.

Discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) também entram no radar. Nesta segunda-feira, falam Stephen Miran, às 9h30, e John Williams, às 12h30, oferecendo novos sinais sobre o rumo dos juros americanos.

Em entrevista ao Wall Street Journal, o presidente Donald Trump afirmou estar inclinado a indicar o ex-diretor do Fed Kevin Warsh ou o atual diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, para comandar o Federal Reserve a partir do próximo ano.

Ainda nos Estados Unidos, o mercado aguarda a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de novembro, na quinta-feira (18), outro dado-chave para calibrar as apostas sobre os próximos passos do Fed.

No Japão, a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ) será anunciada entre a noite de quinta e a madrugada de sexta-feira, em meio à expectativa de uma nova elevação da taxa básica de juros.

Também na quinta-feira, investidores acompanham as decisões de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), do Banco Central Europeu (BCE), completando uma semana decisiva para os mercados globais.

Cenário nacional divide apostas sobre os juros

No Brasil, a agenda da semana é marcada pela divulgação da ata do Copom, nesta terça-feira, e do Relatório de Política Monetária, na quinta-feira.

Entre esses indicadores, o destaque desta segunda-feira é o IBC-Br, considerado pelos investidores uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), além dos dados do setor externo referentes a novembro.

Segundo estimativa do BTG, o indicador deve mostrar desaceleração na comparação anual, passando de alta de 2% em setembro para avanço de 0,9% em outubro.

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Destaques do mercado corporativo

  • Cemig: anunciou a aprovação do seu plano de investimentos de 2026 a 2030, com aportes de R$ 44 bilhões.
  • Azul: conseguiu aprovar seu plano de reestruturação dentro do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
  • Petrobras: confirmou greve de funcionários a partir desta segunda-feira, enquanto mantém negociações com os sindicatos.
  • Correios: cinco bancos fecharam financiamento de R$ 12 bilhões, com garantia do Tesouro e custo atrelado ao CDI.
  • Rede D’Or: aprovou a distribuição relevante de JCP e dividendos intermediários, com pagamento previsto para o fim de dezembro.
  • Casas Bahia: autorizou a emissão de debêntures de até R$ 3,95 bilhões dentro do plano de reestruturação de capital.
  • Energisa: concluiu a compra da participação preferencial da EPM detida pelo Itaú.

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