Sindicatos das maiores bases de funcionários da estatal aprovaram paralisação em assembleias locais realizadas nesta 3ª feira (16.dez)Sindicatos das maiores bases de funcionários da estatal aprovaram paralisação em assembleias locais realizadas nesta 3ª feira (16.dez)

Trabalhadores dos Correios aprovam greve em 7 Estados

2025/12/17 10:28

Sindicatos de trabalhadores dos Correios de algumas das maiores bases de funcionários da estatal aprovaram nesta 3ª feira (16.dez.2025) greve geral por tempo indeterminado. A paralisação entrou em vigor às 22h. 

Foram aprovadas greves em Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba, com o aval das respectivas direções sindicais locais. Em São Paulo, os trabalhadores aprovaram a paralisação contra a orientação da direção do sindicato paulista. 

Também decretaram greve nesta 3ª feira as bases de Vale do Paraíba (SP), Campinas (SP), Santos (SP) e Londrina (PR). 

As paralisações foram anunciadas pelos sindicatos depois de cada base ter realizado assembleia local. Associações de trabalhadores dos Correios de todo o país já haviam aprovado durante as últimas duas semanas indicativos de greve após as representações sindicais não terem chegado a um consenso com a estatal sobre o novo ACT (acordo coletivo de trabalho).

Outros 12 sindicatos decidiram por manter o estado de greve –alerta que indica que os trabalhadores estão mobilizados e se preparando para uma paralisação: Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Roraima, Santa Maria (RS) Juiz de Fora (MG), Bauru (SP). 

Funcionários dos Correios cobram a direção da empresa por reajustes e um benefício de fim de ano conhecido como “vale-peru”. Também reclamam de não ter havido nenhuma proposta de reajuste baseada na inflação. Alegam não serem culpados pela crise que a empresa atravessa e que tampouco podem ser sacrificados por isso.

Os trabalhadores querem manter benefícios como o adicional de 70% de férias, pagamento de 200% nos finais de semana e a concessão do vale-peru de R$ 2,5 mil. Os Correios argumentam que a situação da estatal não permite.

Desde a última 5ª feira (11.dez), o TST (Tribunal Superior do Trabalho) vem conduzindo reuniões de mediação com representantes sindicais e da direção da estatal.

Foram 2 encontros na semana passada, um na 2ª feira (15.dez) e outras duas reuniões nesta 3ª feira (16.dez), quando os Correios propuseram reajuste pela inflação e cederam a outras exigências, mas sem pagamento do vale-peru. A proposta não foi aceita pelos sindicatos. 

A discordância já se arrasta desde julho, quando venceu o atual ACT, negociado pela diretoria anterior da estatal. O acordo vigente vem sendo prorrogado desde então. 

Os Correios têm prorrogado o ACT no momento em que a situação financeira da empresa se agrava. A estatal, que apresenta prejuízo de R$ 6,1 bilhões no acumulado até setembro, tentou fechar um empréstimo de R$ 20 bilhões junto a bancos e com garantia do Tesouro Nacional. A operação foi rejeitada pelo órgão. 

Agora, está em análise no Ministério da Fazenda uma proposta de empréstimo de R$ 12 bilhões, que entrará no plano de reestruturação da estatal. 

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