A Solana enfrenta um momento de forte pressão, e o mercado reage com cautela. O SOL perdeu mais de 52% entre 18 de setembro e 21 de novembro, após uma onda de vendas que atingiu praticamente todas as altcoins. O movimento veio acompanhado de uma queda expressiva do Bitcoin, que testou a mínima de sete meses perto de US$ 85 mil, ampliando o pessimismo.
Os investidores agora observam a perda de suportes históricos e a fragilidade crescente dos indicadores on-chain. A combinação de menor atividade, recuo no capital alocado e retração do uso da rede reforça o temor de uma correção ainda mais profunda, possivelmente abaixo de US$ 100.
O alerta mais evidente surge no forte recuo do TVL da Solana, que caiu mais de 34% desde setembro. O valor total bloqueado recuou do pico de US$ 13,22 bilhões para cerca de US$ 8,67 bilhões, atingindo a menor leitura em seis meses. Nos últimos 30 dias, o índice não voltou a superar a marca de US$ 10 bilhões, o que reforça a saída contínua de capital.
O setor de staking líquido liderou essa reversão. O Jito registrou queda superior a 50% desde meados de setembro, enquanto Jupiter DEX, Raydium e Sanctum também perderam força. Essas retrações, que variam entre 30% e 46%, revelam uma desaceleração visível em vários segmentos do ecossistema.
Ao mesmo tempo, a rede mostra sinais de uso enfraquecido. As taxas totais da semana somaram cerca de US$ 3,43 milhões, queda de 11% em sete dias e de 23% no mês. Além disso, o número de endereços ativos recuou quase 8%, e as transações diminuíram mais de 6%. Com menos usuários e menos movimentação, a demanda on-chain perde tração, reduzindo a capacidade de reação do preço.
O comportamento do TVL acompanha o enfraquecimento do setor de memecoins, que já sustentou grande parte do entusiasmo recente. Agora, muitas delas acumulam perdas entre 10% e 25% nas janelas semanais e mensais. A atividade nas DEXs confirma o recuo, o volume semanal de memecoins caiu cerca de 95%, despencando de quase US$ 56 bilhões em janeiro para apenas US$ 2,7 bilhões.
Fonte coingecko
Essa retração elimina uma parte relevante da demanda especulativa que impulsionava a rede. Como consequência, o SOL perde mais um pilar de sustentação, e o preço sofre para encontrar compradores consistentes.
Do lado técnico, o cenário não oferece alívio. O token opera abaixo de uma flâmula de baixa, padrão típico de continuação de tendência após quedas acentuadas. A perda do suporte em torno de US$ 122 abriu espaço para uma projeção baixista com alvo próximo de US$ 86, queda que representaria mais 32% a partir dos níveis atuais.
Fonte coinmarketcap
Mesmo assim, a EMA de 200 semanas, perto de US$ 118, pode servir como suporte intermediário. Porém, analistas alertam que a faixa entre US$ 90 e US$ 100 se torna cada vez mais provável se os indicadores continuarem apontando enfraquecimento.
Em um mercado ainda cauteloso, a Solana tenta evitar uma queda mais dura, mas os sinais atuais mostram que a pressão continua crescente, mantendo o ativo sob observação entre as criptomoedas promissoras.
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